pluie et cigarretes

A vida, às vezes, é uma meia que nos caiu do estendal das traseiras e, que ainda não fomos apanhar...

Sempre que vamos à janela fumar um cigarro lá está ela... tesa do sol... enrugada... indiferente talvez... à espera.

Damo-nos ao luxo de procurar não lhe acertar nem com a cinza nem com a beata, que contra todas as convenções - e putos do ecoponto - deixamos cair...

E tentamos sempre num esforço inócuo que a beata caia numa poça de água, como se fizesse diferença, talvez atenue a culpa poluidora... talvez nada...

E a meia, como a vida, lá fica... até ao inevitável dia em que alguém, ou nós, pegue nela...

Comentários

Isobel disse…
Ou, na pior das hipóteses, ninguém a apanha e fica lá até se decompor por completo.
A versão bonita é para a televisão, a versão feia é para ser vivida - e é suposto a vida ser a versão feia, não é?

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